O primeiro-ministro, António Costa, anunciou esta terça-feira as novas restrições que vão vigorar a partir do dia 25. A "semana de contenção" prevista para 2 a 9 de janeiro é antecipada para 25 de dezembro, o que implica o fecho de discotecas e bares, bem como o teletrabalho obrigatório. Lojas também vão ter acesso limitado.
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O receio da variante ómicron e as preocupações dos especialistas levaram o Governo a reunir esta terça-feira em Conselho de Ministros para definir novas medidas que o primeiro-ministro anunciou. A lista de novas restrições aplica-se ao período entre 25 de dezembro e 10 de janeiro, o que significa que o Natal e a Passagem de Ano ficam condicionados e, na prática, vai haver duas semanas de contenção.
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Desde logo passa a ser obrigatório o teste negativo (PCR ou antigénio) para entrar em alojamentos turísticos, casamentos e batizados, eventos empresariais, espetáculos culturais e recintos desportivos. Todos os espaços comerciais vão sofrer uma redução da lotação correspondente a uma pessoa por cinco metros quadrados, para evitar ajuntamentos.
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No mesmo período, o teletrabalho passa a ser obrigatório. Encerram ainda bares, discotecas, creches e ATL, com António Costa a garantir um apoio às empresas.
Passagem de Ano restrita
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Os dias 24, 25, 30 e 31 de dezembro, bem como o dia 1 de janeiro, têm ainda restrições adicionais. Nestes cinco dias, o teste negativo passa a ser obrigatório para acesso a restaurantes, casinos, e festas de passagem de ano: Na noite de réveillon também são proibidos ajuntamentos com mais de dez pessoas e é proibido o consumo de bebidas alcoólicas na via pública (incluindo na noite de Natal).
"Para além de mais máscaras, mais vacinação, mais testes e controlo de fronteiras, acrescentamos agora mais teletrabalho, mais limitação de contactos, mais uma semana de contenção e mais apoios às famílias e às empresas", justificou António Costa.
Avaliação antes de reabertura dia 10
O primeiro-ministro garantiu ainda que as medidas são para vigorar até 10 de janeiro, como tinha sido anunciado a 25 de novembro e que, para já, não existe nenhuma alteração à intenção de reabrir as escolas nessa data. Mas, sublinhou Costa, "os especialistas defendem que a 5 de janeiro se faça uma avaliação"."Não é uma questão de acreditar, de ser pessimista ou otimista, é ser realista", acrescentou.
"Temos um inimigo invisível", disse, referindo-se à nova variante ómicron do coronavírus.
Seis à mesa no Natal de Costa
O primeiro-ministro apelou aos portugueses para que façam teste antes da consoada e que não reúnam um grande grupo familiar. Questionado sobre como vai ser o seu caso pessoal, o primeiro-ministro respondeu que abdicou de estar com o irmão: "Passarei com a minha mulher, o meu filho, a minha nora, a minha mãe e o meu padrasto. Com a minha filha não posso estar porque ela está em isolamento".
De resto, não há alterações no calendário de campanha eleitoral e a vacinação vai ser acelerada, embora os centros de vacinação estejam encerrados nos dias 24, 25 e 26 de dezembro e a 31 de dezembro de 1 de janeiro. Para 5 de janeiro está prevista uma nova avaliação das medidas de restrição com os especialistas.