Dezena e meia de movimentos contra a exploração de lítio em Portugal, vão unir-se numa manifestação a 21 de setembro, no Largo do Rossio, em Lisboa.
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Vários apelos foram reiterados à participação este sábado de manhã por vários grupos de protesto durante o Encontro Nacional de Movimentos Cívicos, que está a decorrer em Vila Nova de Cerveira.
O fórum organizado pelo Movimento SOS Serra d'Arga, contou durante a manhã deste sábado com intervenções de oito grupos organizados de várias zonas do país. Destaque para a presença da Associação Covas do Barroso (Boticas), cuja porta-voz, Sílvia Dias, alertou para o facto da empresa britânica Savannah Resources, que tem prospeções em curso naquela região, ter assumido que "o Norte de Portugal vai ser a maior produtora de lítio da Europa". "Dizem que será mais ou menos como as jazidas de petróleo na Arábia Saudita. Será o "El Dorado" do futuro", disse.
Os intervenientes, oriundos do norte e centro do país, aludiram aos alegados malefícios da mineralização e necessidade de divulgar informação sobre o tema junto das populações, e manifestaram determinação em lutar contra o avanço de explorações nas suas zonas.
"Esta luta só vai suceder se trabalharmos todos juntos. Somos gotas no oceano, mas uma gota aqui, outra acolá, tornámo-nos um oceano imparável", apelou Teresa Fontão do Movimento SOS Serra dÁrga.
A "Manifestação contra a febre da mineração em Portugal", marcada para 21 de setembro (13.30 horas, Largo do Rossio), com o lema "Não às minas", está a ser organizada por um total de 16 movimentos que nasceram em zonas alvo da prospeção de lítio.
"Chegou a hora de sair para a rua. É urgente parar a calamidade que está prestes a destruir o nosso país", descrevem os organizadores, argumentando que "20 por cento do território nacional está abrangido por pedidos de prospeção".