O Ministério da Educação confirma estar a analisar denúncias sobre a criação de fundos nas escolas para compensar a adesão de assistentes operacionais à greve e garante que irá extrair consequências legais a confirmar-se se estes "procedimentos ilegais" estão a decorrer.
"O ministério da Educação está a analisar denúncias que chegaram durante o dia de hoje para que, caso se verifique a ilegalidade da recolha e aceitação de dinheiro neste contexto, se extraiam as devidas consequências legais e se atue em conformidade", revelou o gabinete do ministro João Costa em resposta ao JN.
A greve de professores marcada pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (S.T.O.P) dura desde dezembro. Mas, no início de janeiro, o pré-aviso foi alargado a todos os não docentes, entrando também em vigor a greve do SIPE ao primeiro tempo do horário de cada professor. Desde então, tem aumentado de dia para dia os fechos de escolas e os protestos de professores (e de pais).
A possibilidade de professores recolherem verbas para custear a adesão dos assistentes operacionais, determinante para fechar as escolas, tem inflamado as redes sociais.
Na segunda-feira, em declarações ao JN, André Pestana, presidente do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (S.T.O.P.), admitiu ter conhecimento de escolas onde estão a ser organizados fundos de greve. "É totalmente legal", frisa, defendendo ser uma estratégia de "solidariedade" entre os profissionais em greve há muito usada nas lutas sindicais.
O STOP, garante, não está a coordenar essa recolha de fundos. "Temos total confiança na classe", diz, assegurando que cada escola decide organizar ou não um fundo e como o gerir.