O presidente da República foi o protagonista do dia. Travou, pela terceira, vez a lei que despenaliza a morte medicamente assistida, no dia em que deu posse aos novos ministros e secretários de Estado, e em que viu autorizada a presença no funeral de Bento XVI.
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Pela terceira vez, Marcelo tem dúvidas sobre a lei da eutanásia. Da primeira vez, enviou-a para o Tribunal Constitucional, da segunda exerceu o direito de veto político e, agora, volta a requerer a fiscalização preventiva do palácio Ratton. Desta vez, é o conceito de "sofrimento de grande intensidade" que causa dúvidas ao chefe de Estado, daí que queira ter "a certeza e a segurança jurídicas".
Marcelo Rebelo de Sousa também deu posse aos novos ministros e secretários de Estado, nomeados na sequência da crise política espoletada pela indemnização paga pela TAP à ex-secretária de Estado Alexandra Reis.
Pedro Nuno Santos esteve na tomada de posse, de tarde. De manhã, anunciou que sai do Secretariado Nacional do PS e que suspendeu, por um mês, o mandato de deputado ao qual deverá regressar depois de se ter demitido de ministro das Infraestruturas e da Habitação. "Agora deem-me descanso", disse, no final da tomada de posse, antes de uma longa conversa no estacionamento com Fernando Medina, apontado como rival à sucessão de António Costa.
No Parlamento, o debate urgente requerido pelo PSD a propósito da mesma crise política ficou marcado pelas perguntas que sobraram ante um Governo representado por Ana Catarina Mendes. O PSD pediu a demissão de Fernando Medina, ministro das Finanças. O PS chumbou as audições parlamentares ao ministro, primeiro-ministro, Alexandra Reis e presidente da TAP.
Ainda na atividade parlamentar, os deputados autorizaram a ida de Marcelo Rebelo de Sousa ao Vaticano para as cerimónias fúnebres de Bento XVI, agendadas para esta quinta-feira.