Em "O Processo", romance póstumo de Franz Kafka (1882-1924), Joseph K. arrasta-se numa busca sem fim entre espaços mais ou menos inusitados para saber qual a acusação judicial que pende sobre si. Por cá, Anastácio Alves, ex-pároco do Funchal, sabe bem que é suspeito de ter abusado sexualmente de um adolescente e garante querer assumir "responsabilidades", mas ninguém parece estar pronto, porque a lei não o permite, a recebê-lo.
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Na quinta-feira, o sacerdote, em parte incerta desde 2018 até então, entregou-se na Procuradoria-Geral da República, em Lisboa, tendo sido informado de que se apresentara no local errado. Já esta sexta-feira, o Ministério Público explicou que existia apenas um pedido de colaboração internacional para ser notificado da acusação contra si.
Na área da habitação, em que encontrar uma casa para morar tem também ocasionalmente toques surrealistas, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu, esta sexta-feira, que "é preciso abrir o melão" para perceber em "pormenor" as medidas apresentadas na quinta-feira para o setor, objeto de uma critica generalizada.
Em declarações em Podence, concelho de Macedo de Cavaleiros, o chefe de Estado disse ainda ver já "uma luz ao fundo do túnel" nas negociações entre os professores e o Governo. O ambiente nas escolas e na rua parece, ainda assim, ser outro: no mesmo dia em que os serviços mínimos foram prolongados até 10 de março, o S.TO.P. convocou uma nova marcha de professores para o próximo dia 25 de fevereiro, em Lisboa.
O processo vai já longo, mas não tanto como os 19 anos que as autoridades espanholas necessitaram para descobrir que a vítima de um atropelamento mortal na província de Leão, em janeiro de 2004, foi uma portuguesa natural de São Mamede de Infesta, Matosinhos.
Já na Pasteleira Nova, na cidade do Porto, os residentes temem, sem que os seus problemas sejam resolvidos, cair no esquecimento quando a onda mediática em torno do consumo de droga e da criminalidade no bairro terminar, como conta, na edição desta sexta-feira do programa em vídeo "Alegações Finais", António Saramago, membro de uma recém-criada associação de moradores.
Boas leituras!