Será difícil passar ao lado do dia que se assinala amanhã, 24 de fevereiro: um ano de guerra na Ucrânia. Um ano de bombardeamentos, de vidas perdidas e de património destruído num território rico e vasto. Um ano em que a expressão "Slava Ukraini" ("Glória à Ucrânia") entrou no léxico de muitos. No último ano, o JN acompanhou com atenção a ocupação desumana de Mariupol, a solidariedade para com os refugiados e a liderança surpreendente de Zelensky.
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Ainda nos lembramos das imagens de dezenas de pessoas nas ruas de Kherson, em novembro do ano passado, aliviadas por lhes ter sido devolvida a "casa". Apesar da desocupação russa, a cidade ucraniana (à semelhança de muitas outras) continua a ser bombardeada. É uma felicidade que se vive ao segundo. A jornalista Sara Gerivaz está na Ucrânia e tem mostrado como corre a vida num país em guerra. A última reportagem foi num centro de voluntários, que ajuda 700 famílias por dia.
Por cá, a falta de habitação a preços acessíveis, seja por via das rendas elevadas ou pela subida galopante dos créditos à habitação, continua a suscitar reações de vários quadrantes. As medidas apresentadas pelo Governo na semana passada entraram em consulta pública, mas há quem já esteja a trilhar caminho. Carlos Moedas apresentou, esta quinta-feira, a Carta Municipal de Habitação de Lisboa, onde desafiou os privados a vender casas à autarquia. O objetivo é adquirir casas ao abandono, que possam ser reabilitadas, compradas e usadas para habitação acessível. Conheça as outras propostas.
A contestação social saiu à rua nos últimos meses e não dá sinais de abrandamento. A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública anunciou uma greve nacional para 17 de março. Um dia depois, a 18 de março, é a vez da CGTP reivindicar o aumento dos salários e das pensões numa manifestação nacional. No próximo sábado, o movimento "Vida Justa" e os professores vão também protestar em Lisboa. Se estiver interessado, o melhor é apontar no calendário.
O que também não pára são os casos de violência doméstica, que fizeram mais uma vítima mortal na quarta-feira. Um homem de 47 anos atacou a ex-companheira com uma faca, em Gondomar, e depois entregou-se na PSP. Ficou em prisão preventiva. O jornalista Alexandre Panda conta mais pormenores sobre o caso.
Ainda na área da justiça, o desaparecimento de Madeleine McCann em maio de 2007, na Praia da Luz, no Algarve, continua a fazer correr muita tinta. Recentemente, uma jovem polaca disse acreditar ser Maddie e quer fazer um teste de ADN. Ao longo dos anos, foram várias as jovens que afirmavam, com mais ou menos seriedade, ser a filha de Kate e Jerry McCann. Recorde algumas das histórias.
Depois de mais de 50 anos de atividade, a pastelaria histórica Riba-Mar na Póvoa de Varzim vai fechar as portas. Como poveira, sei que o espaço é um baú de memórias para muitos, os que são da terra e os que a visitam durante todo o ano. Além da localização privilegiada, é impossível esquecer outra das virtudes daquela casa: os doces, especialmente os famosos "barquinhos". "Há pessoas que entram aqui com as lágrimas nos olhos a pedir-nos para não fechar", diz uma das filhas do fundador da pastelaria. A jornalista Ana Trocado Marques foi até lá perceber o que motivou o encerramento.
Espero que continue desse lado a acompanhar-nos na nossa edição impressa e online.
Boas leituras!