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A incursão da Polícia Judiciária na Federação Portuguesa de Futebol, o princípio de acordo entre a Ucrânia e Rússia e as detenções no caso da morte de Émile marcam esta terça-feira.
Em 2016, a antiga sede da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), na Rua Alexandre Herculano, em Lisboa (entretanto transformada num hotel do grupo Numa Stays), foi vendida por 11 milhões e 250 mil euros. Nove anos depois, este negócio valeu à FPF a visita dos inspetores da Polícia Judiciária, no âmbito da Operação “Mais-Valia”. Em causa, suspeitas de corrupção, recebimento indevido de vantagem, participação económica em negócio e fraude fiscal qualificada.
As buscas ocorrem no exato dia em que Fernando Gomes, à época presidente da Federação Portuguesa de Futebol (ainda que não haja, para já, indícios de que esteja diretamente implicado no caso), toma possa como presidente do Comité Olímpico de Portugal. Pode ler mais sobre este caso aqui.
Esta terça-feira fica também marcada por um esboço de fumo branco na guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022, com a invasão russa. Agora, os EUA anunciaram que tinha havido acordo entre as delegações de ambos os países para uma trégua dos combates no Mar Negro.
Os dois países concordaram "garantir a segurança da navegação, eliminar o uso da força e impedir o uso de embarcações comerciais para fins militares no mar Negro", afirmou a Casa Branca.
Resta saber se o suposto acordo será cumprido. Antes de voltar a ser eleito presidente dos EUA, Donald Trump tinha garantido que acabaria com a guerra na Ucrânia “em menos de 24 horas”. Recentemente, deu o dito por não dito: afinal, estava só a ser “sarcástico”. Será desta?
Por falar em EUA, vale mesmo a pena ler esta rocambolesca história que foi conhecida ontem e continua a dar que falar. Spoiler alert: envolve um jornalista adicionado por engano a um grupo ultrassecreto onde estavam vários oficiais da Administração Trump.
Da América para França, e da tragicomédia para um drama macabro, há novidades no caso de Émile, o menino de dois anos e meio que desapareceu em julho de 2023 da casa dos avós e cujo corpo seria encontrado em março do ano passado. Agora, os avós da criança, com quem ele se encontrava na altura do desaparecimento, foram detidos. São suspeitos de homicídio voluntário e ocultação de cadáver. A propósito, a imprensa francesa resgatou um escândalo de maus-tratos em que o avô do menor esteve envolvido, na década de 1990.
O que dificilmente soa a revelação são as notícias que chegam da Madeira: depois da vitória de Miguel Albuquerque nas eleições de domingo – o PSD ficou a um deputado da maioria absoluta –, os sociais-democratas chegaram a acordo com o CDS, para garantir a almejada maioria.
Resta saber se os resultados são um prenúncio para as eleições legislativas do continente, que se realizam a 18 de maio, ou mero produto do peculiar ambiente político madeirense.
Boas leituras e continuação de uma boa semana.