A quantidade de acontecimentos "impossíveis" que se deram ao longo da História a 11 de setembro será, com certeza, objeto de estudo para os amantes da numerologia, da astrologia e da serendipidade.
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Se, nos últimos 23 anos, é quase inviável não associar a data à queda das Torres Gémeas e aos atentados terroristas em Nova Iorque, que marcaram um antes e um depois no xadrez da geopolítica internacional, a data já vinha manchada muito antes. Em 1973, no dia 11 de setembro, morreu Salvador Allende e consequentemente começou a ditadura militar de Augusto Pinochet, no Chile. Recuando uns séculos, na Catalunha, o 11 de setembro é associado com a comemoração da independência da região.
Esta tarde, 115 mil pessoas voltaram a sair à rua em Barcelona para demonstrar que "nunca se vão render". A luta assinala hoje 310 anos, são muitas gerações a comemorar o que visto de fora parece ser a derrota no cerco a Barcelona, mas na verdade o que se celebra é a resiliência.
Os norte-americanos habituados aos impossíveis viram hoje mais um episódio desses acontecer com Kamala Harris e Donald Trump de mão na mão, depois de se terem digladiado no debate da noite passada.
Um dos pontos fraturantes é o da imigração, algo que é transversal a vários países e ao qual Portugal não está isento. A alguns quadrantes políticos a notícia poderá não agradar, mas um estudo revelado hoje demonstra que Portugal necessita de mais imigrantes, de outra forma não será possível um crescimento económico de 3%. A "bandalheira" da imigração foi uma das discussões mais acesas, esta tarde, na reunião plenária da Comissão Permanente da Assembleia da República.
Sobre sonhos impossíveis, estreia amanhã o filme de Rodrigo Areias, "A Pedra sonha dar flor", baseada no romance de Raul Brandão. Também no mundo das artes acontece um outro feito, quase impossível, a Irmandade dos Clérigos reuniu colecionadores de cerâmica de Pablo Picasso que emprestaram as suas obras para serem vistas a partir desta quinta-feira.
O guião começa a ser um pouco reincidente, mas amanhã, dia em que arranca oficialmente o ano escolar, haverá 117 mil alunos sem professor.
Não se deixe enganar, o impossível é apenas uma opinião.