O IRS vai baixar no próximo ano, mas a aparente falta de diálogo resultou no chumbo da proposta do Governo, na Assembleia da República. O PSD criticou a coligação negativa contra a “classe média”, onde se inclui o salário do primeiro-ministro, segundo a bitola do Governo.
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Não faltam telefones, telemóveis e gabinetes de reuniões na Assembleia da República, mas a falta de diálogo marcou o dia parlamentar que tinha a descida do IRS na agenda. Sem diálogo, a proposta do Governo que previa a redução do IRS até ao oitavo escalão foi chumbada pela Esquerda. Pedro Nuno Santos pediu mais diálogo e assinalou que o Governo tem “ostensivamente” evitado o Parlamento, onde não tem maioria.
Igualmente sem diálogo foi aprovada a proposta do PS que custa tanto como a do Governo, mas concentra a descida nos seis escalões mais baixos (salários brutos até 3200 euros). Para isso bastou a abstenção do Chega, que também se absteve na proposta do Governo. Pedro Nuno garante que não houve diálogo com André Ventura, mas o PSD não poupou o Chega e acusou-o de ser “a muleta” do PS contra “a classe média”.
Para o Governo, sabe-se agora, é classe média quem está no sétimo e oitavo escalões, onde se incluem salários brutos mensais entre os 3200 euros e os 6500 euros, incluindo o do primeiro-ministro, que ganha cerca de 5700 euros ilíquidos por mês. Com a ressalva de que se Luís Montenegro usar todas as despesas de representação a que tem direito (cerca de 2300 euros por mês), já sai da margem definida. O tema contagiou a campanha do PS para as eleições europeias e a líder do PAN também veio à liça pedir mais diálogo ao Governo.
Ainda no Parlamento, depois do presidente do INEM, Luís Meira, ter reportado o caos em que está aquele instituto, a ministra da Saúde veio dizer que “muito provavelmente” o dirigente está a prazo e que é preciso “refundar” o organismo de emergência médica.
No Desporto, enquanto não sabemos se a seleção nacional de sub-17 é campeã europeia, o JN apurou que Vítor Bruno vai mesmo ser o próximo treinador do F.C. Porto e já tem acordo com André Villas-Boas. Veja a nossa análise à contratação que é consensual no balneário portista.
A terminar, fique a saber que o nanossatélite português tem viagem agendada para o espaço no dia 9 de julho. O dispositivo construído pelo Instituto Superior Técnico vai a bordo do novo foguetão europeu Ariane 6.