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Por estranho que pareça, o noticiário desta segunda-feira não tem estado marcado por casos de política partidária. Antes por acontecimentos de Justiça. São julgamentos aguardados com expectativa no nosso país: a “Operação Pretoriano”, em que o arguido com o nome mais sonante é Fernando Madureira, e a “Operação Marquês”, que envolve, entre outros, José Sócrates.
Se escrevesse de acordo com o modo de falar da moda, este primeiro parágrafo ficaria assim: por estranho que pareça, aquilo que é o noticiário desta segunda-feira não tem estado marcado por casos ao nível daquilo que é a política partidária. Antes por acontecimentos relacionados com aquilo que é a Justiça. São julgamentos aguardados com expectativa naquilo que é o nosso país: aquela que é a “Operação Pretoriano”, em que o arguido com aquilo que é o nome mais sonante é Fernando Madureira, e aquela que é a “Operação Marquês”, que envolve, entre outros, José Sócrates.
Foi de resto, o antigo primeiro-ministro que celebrizou a expressão “Porreiro, pá!”, em 2007, e, atualmente, com tantos “aquilos” e “naquilos” que, à falta melhor, se arranjaram, quase se matou aquilo que é o “pá”, uma das mais consensuais bengalas ao nível daquilo que é a oratória portuguesa.
Bengalas linguísticas e superlativo ruído à parte, enquanto o julgamento de Fernando Madureira, ex-líder dos Super Dragões, já arrancou, o do antigo primeiro-ministro, José Sócrates, foi anunciado para 3 de julho. Do primeiro temos aqui abundante prosa detalhada sobre o que “Macaco” disse durante as horas em que foi ouvido, esta segunda-feira, no Tribunal de S. João Novo, no Porto. Do segundo, ainda não há o que contar em sala de audiências, no Campus da Justiça, em Lisboa. Porém, José Sócrates já veio dizer que “não pode haver julgamento”. Como este é um processo que tem mais de uma década temos um explicador para recordar o que se tem passado desde novembro de 2014.
Outros julgamentos marcaram a jornada. Em Évora, o tribunal condenou a 23 anos e meio de cadeia um indivíduo que matou a companheira, grávida de sete meses. O crime aconteceu em Borba. Suspeita de homicídio recai também sobre o caso de um jovem de cerca de 25 anos que, esta segunda-feira, foi encontrado morto numa obra abandonada em Sesimbra. No Tribunal de Coimbra está a ser julgada uma mulher que está acusada de ter burlado um homem em mais de 100 mil euros.
Neste arranque de semana útil ficou também a saber-se que ainda não vamos ter uma graça da primavera, apesar de tão próxima. As previsões meteorológicas – nunca climáticas e muito menos climatéricas – apontam para chuva e vento fortes graças a mais depressões. Em Santarém, 21 estradas ficaram hoje, parcial ou totalmente, obstruídas devido à chuva. Lá por fora, adensa-se o mistério em torno da morte do ator Gene Hackman e da mulher, Betsy Arakwa. Um médico contou que ela ligou para a sua clínica um dia depois da data em que se presume que tenha morrido. Intrigante. E na Tailândia há um tatuador de nove anos, cuja arte está a fazer grande sucesso na capital do país. Um dia quer abrir o próprio estúdio.
Boa noite. Boas leituras.