É uma das notícias que marcam esta sexta-feira: Jair Messias Bolsonaro, o homem que liderou o Brasil entre 1 de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022, deverá ficar impedido de voltar ao Palácio do Planalto até 2030.
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A maioria dos juízes do Tribunal Superior Eleitoral do Brasil entendeu que o ex-presidente deveria ser inelegível para os próximos oito anos, por ter cometido abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
E enquanto uma parte dos cidadãos norte-americanos estará, por certo, a invejar esta decisão da Justiça brasileira (tanto mais quando cresce o medo de que Donald Trump possa repetir a dose em 2024), vale a pena recordar uma parte do legado de Bolsonaro. Desde logo, o facto de ter promulgado uma série de decretos no sentido de facilitar o acesso a armas de fogo por parte de civis. Para se ter uma noção da dimensão do problema, só durante a campanha eleitoral, o registo de armas aumentou 70%. Isto, note-se, num país que tem registado cerca de 40 mil mortes anuais por arma de fogo.
Mas o antigo inquilino do Planalto ostenta outras “medalhas”. Desde logo, a péssima gestão que fez da epidemia de covid-19, a “gripezinha” que insistia em desvalorizar. O país soma já mais de 700 mil óbitos relacionados com este vírus, sendo que a grande maioria deles ocorreu com Bolsonaro ao leme. Há ainda que recordar os cortes severos das verbas dedicadas à Educação. Já para não falar na questão ambiental: o Observatório do Clima do país estima que o ex-presidente tenha tomado mais de uma centena de medidas contra o ambiente. O resultado está vertido em números que fazem arrepiar: só em 2022, a Amazónia terá perdido uma área florestal equivalente ao Líbano.
Do Brasil para França, damos conta de mais uma noite agitada, com os tumultos e a destruição a prosseguirem a ritmo acelerado. A morte de um adolescente de ascendência magrebina às mãos da polícia francesa, na madrugada de terça-feira, voltou a mergulhar o país numa onde de motins que as autoridades têm sentido grandes dificuldades em travar. Estas imagens que o JN compilou são bem reveladoras do caos que se instalou em várias regiões do país.
Emmanuel Macron até já veio condenar a “exploração inaceitável” da morte de um adolescente, mas tudo parece apontar para que a história esteja ainda longe de terminada.
Também a nível nacional há notícias que merecem destaque: desde logo, esta, com sabor agridoce, que tem a ver com as cirurgias efetuadas nos hospitais públicos. Segundo Manuel Pizarro, ministro da Saúde, a performance do SNS neste campo melhorou, mas não há como negar que continua algo débil - 27% dos doentes foram operados fora do tempo legal.
E já que estamos numa de números, damos-lhe conta deste, particularmente curioso: só metade dos peregrinos registados para a Jornada Mundial da Juventude, que decorrerá em Lisboa, é que chegaram efetivamente a concluir a inscrição. Perceba melhor a história aqui.
A fechar, damos-lhe ainda conta do interesse do Manchester United no avançado do F. C. Porto Mehdi Taremi. E das condições mínimas que os dragões impõem para discutir o jogador.
Posto isto, deixamo-lo com votos de um ótimo fim de semana. E já que o tempo promete convidar a banhos, vale sempre a pena consultar este explicador sobre o que pode ou não fazer na praia.