
Maya Bay, na Tailândia, encerrou ao público em 2018, devido à pressão turística que ameaçou os ecossistemas. Só voltou a reabrir em 2022
Massificou-se nos últimos anos e tornou-se num dos setores mais dinâmicos da economia global. Mas os impactos no ambiente são evidentes. Os voos representam o maior dano, só que há muitos outros problemas: o lixo gerado, o consumo de recursos locais, a sobrecarga de cidades, a construção desenfreada de hotéis na orla costeira. E não há sinais de abrandamento.
Estávamos em 2018 quando Maya Bay, que se tornou célebre por ter servido de cenário ao filme de 1999 "A Praia", protagonizado por Leonardo DiCaprio, foi encerrada ao público. A riqueza natural e a diversidade da paradisíaca baía tailandesa, de areia branca e águas cristalinas, foi ameaçada pela pressão turística. Só voltaria a reabrir em 2022, já os corais danificados haviam recuperado e a vida marinha tinha voltado a prosperar. Este ano, está novamente encerrada desde o início de agosto e até finais de setembro, para que o habitat recupere do fluxo de turistas. A Tailândia é um dos casos mais evidentes dos efeitos do turismo de massas no ambiente. Mas os exemplos de sobreturismo (e os seus impactos no planeta) multiplicam-se, um pouco por todo o Mundo. Olhemos para Hallstatt, aldeia austríaca à beira-lago, que terá inspirado o filme "Frozen", da Disney, e que muito tem sofrido com a overdose de turistas. Tem uma população de cerca de 800 pessoas e recebe dez mil visitantes por dia, um aumento demográfico superior a 1000%, o que é revelador.

