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Nunca como agora as cidades e as regiões foram tão determinantes para o futuro da nossa economia e sociedade. Braga é o exemplo de uma Cidade que aposta no futuro de forma aberta e participada. Numa Europa das Cidades e Regiões onde a agenda de inovação e competitividade continua a ser marcada por uma quase total ausência de envolvimento da Sociedade Civil, o contexto da Agenda de Mudança protagonizado pelos diferentes atores nas cidade mais jovem do país é um exemplo que merece ser saudado. A Estratégia de Braga é uma estratégia feita a pensar no futuro. Um Contrato de Confiança assente na convicção de que ainda é possível. Ou seja, um exemplo que fará renascer a aventura do conhecimento numa cidade que sempre acreditou em si e que faz do compromisso inteligente entre a inovação e a tradição como a base da sua competência.
Em tempo de acelerar a mudança de modelo sócio-económico do país, no quadro duma globalização competitiva exigente, Braga tem sabido fazer o seu trabalho de casa e protagonizar uma agenda para o futuro. Empreendedorismo e Inovação são palavras-chave numa ação para a mudança assente em alguns operadores de modernidade que têm reforçado verdadeiras redes de cooperação inteligente a partir das competências locais. O papel ativo da Universidade do Minho, que com a sua dinâmica tem sabido atrair cada vez mais estudantes estrangeiros para a cidade, a promoção do espírito inovador protagonizada pela Start Braga , o papel acelerador de empresas âncora como a Bosch têm sido essenciais para a consolidação de uma marca onde o digital e a sustentabilidade asseguram um compromisso inteligente entre a tradição e a inovação.
É sempre com um gosto particular que volto a esta fantástica cidade onde conclui em tempos o meu liceu – o poder testemunhar a dinâmica cultural e artística evidentes no Theatro Circo e em muitas obras arquitetónicas de referência como as premiadas capelas Imaculada e Cheia de Graça, bem como apreciar a arte gastronómica proporcionada em templos de bem estar e comer como, entre muitos outros, a Elvira ou o Arcoense, que sabem fazer de cada visita uma experiência que vale a pena desfrutar. Braga é de facto uma cidade que acredita nas suas marcas e em que a competitiva candidatura a Capital da Cultura bem demonstra.
Braga é uma cidade aberta pois sabe integrar de forma positiva os seus cidadãos – o exemplo de sucesso da vasta comunidade brasileira é um excelente exemplo. Um espaço público onde se vive em cada momento presente a ambição dum futuro que se constrói com a participação de todos e onde se inventam novos conceitos de cooperação nas diferentes áreas da intervenção cívica. Com a aposta permanente na inteligência competitiva e numa agenda de verdadeiro valor partilhado é claro esse sentido de awareness e engagement que a tecnologia e a inovação permitem na renovação de uma comunidade e de todos aqueles que fazem parte dela. Braga, um exemplo que nunca é demais revisitar.