Porque precisamos de bons gestores
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Numa economia global complexa e com níveis acrescidos de concorrência internacional, o economista acaba por ganhar uma nova dimensão estratégica. O modelo tradicional de criação de valor mudou por completo e nesta fase crítica da economia portuguesa a aposta tem que ser clara – apoiar novas empresas, de preferência de base tecnológica, assentes numa forte articulação com centros de competência e capazes de ganhar dimensão global. Ganhar o desafio de uma economia mais inovadora e competitiva passa em grande medida pelo papel que os gestores, enquanto orquestradores de uma agenda de criação e sustentação de valor, têm que saber ter neste processo. O gestor, mais do que nunca, tem que ser um agregador de competências e um indutor de um sentido de modernidade estratégica para as empresas e a economia em geral.
O primeiro grande vetor desta afirmação do gestor passa pela ativação positiva de uma cultura de inteligência competitiva. Dinamizar uma agenda de colaboração em rede, consolidar mecanismos de valorização da ética comportamental por parte dos diferentes atores, estabelecer uma matriz doutrinária pedagogicamente disseminada de qualificação dos princípios do rigor, respeito pela inclusão em sociedade mas aceitação dos resultados do jogo da competitividade. Não se trata de impor regras de gestão pré-formatadas a uma economia com padrões comportamentais historicamente consolidados, mas de fazer do desafio da qualificação das organizações um exercício exigente de responsabilidade coletiva de mudança da capacidade de ir a jogo. O gestor tem que saber estar presente e fazer parte do processo.