As manifestações sucessivas contra ministros "não são comportamentos representativos da experiência democrática" portuguesa, disse esta sexta-feira, em Viena, o primeiro-ministro, Pedro Passso Coelho.
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Nas últimas semanas, vários ministros foram interrompidos durante intervenções públicas por manifestantes que cantam "Grândola Vila Morena". Durante uma conferência de imprensa conjunta com o chanceler austríaco, Werner Faymann, Passos Coelho foi questionado sobre se estes protestos são representativos do sentimento popular.
"São situações que têm tornado, sobretudo num caso especifico [o do ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas], mais difícil aos ministros expressar-se. O Governo já disse o que tem a dizer a este respeito", afirmou Passos Coelho.
"Direi apenas que não são comportamentos representantivos da nossa experiência democrática ou do que tem sido até hoje o comportamento dos portugueses, que tem sido quase sempre exemplar e maduro, atendendo às grandes dificuldades" que o país atravessa.
"Não se deve confundir a árvore com a floresta", acrescentou o chefe do Governo. "Todos os portugueses distinguem bem o que são comportamentos pontuais."
Passos Coelho conclui hoje uma visita de 24 horas a Viena. Para além de um encontro com o chanceler austríaco, Werner Faymann, o governante português vai ainda encontrar-se com o Presidente federal da Áustria, Heinz Fischer.