O secretário de Estado das Finanças, Manuel Rodrigues, admitiu, esta sexta-feira, que o Governo terá de fazer um orçamento retificativo para incluir as medidas adicionais de corte na despesa cuja aplicação vai ser estudada com a "troika" na sétima avaliação.
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"O Governo está atento no decurso da execução orçamental de 2013 e discutirá no sétimo exame regular eventuais poupanças adicionais que tenham de ser conseguidas", afirmou Manuel Rodrigues numa conferência de imprensa onde comentou as projeções da Comissão Europeia, que pioram para quase o dobro a recessão esperada para este ano, e que afirmam que Portugal não conseguirá cumprir a meta do défice orçamental nem em 2013, nem sequer em 2014.
Questionado pelos jornalistas sobre a necessidade de um orçamento retificativo para acomodar estas alterações, Manuel Rodrigues afirmou: "Tais poupanças terão de ser vertidas num orçamento retificativo".
Estas medidas já estavam planeadas num plano de contingência com um valor estimado de 0,5% do PIB, para fazer face a eventuais desvios este ano, incluindo um chumbo de medidas do orçamento pelo Tribunal Constitucional.