Os utentes do Parque de Campismo Ericeira Camping, em Mafra, vão pedir à autarquia uma saída digna depois de terem sido surpreendidos no início do ano com a decisão súbita em encerrar o parque no prazo de dois meses.
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Os campistas reuniram este fim de semana com advogados. Rui Cortez, um dos jurídicos que reuniu com 150 utentes, refere ao JN que " a prioridade são os campistas que residem permanentemente no parque, que não podem simplesmente ser despejados".Assim, vão pedir à câmara municipal alojamentos para estes.
Marco Cavaco, utente no Ericeira Camping, aponta para casos como "uma mulher acamada que não consegue sair do parque ou uma grávida de quatro meses sem alternativa de residência que o próprio parque permitiu durante a pandemia que ficassem no espaço e agora dão até início de fevereiro para sair, sem alternativa".
Rui Cortez diz que vão tentar encontrar soluções para todos, inclusive para aqueles que compraram casas modulares no valor de 30 mil euros um mês antes do encerramento do parque. "Se não houver soluções através de conversa com a câmara municipal, estamos a ponderar partir para uma providência cautelar contra o fecho", refere.
A decisão de encerramento foi tomada pela autarquia de Mafra no início do ano, que quer criar no espaço o Parque Urbano Verde da Ericeira. A empresa municipal gestora, Giatul - não Giatur como erradamemte escrevemos neste sábado - foi noticiado, foi informada do encerramento no dia da decisão e informou os utentes para retirar os pertences até fim de fevereiro.
