Direção Regional de Cultura do Centro recuou na decisão, após contestação dos serviços autárquicos.
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O novo parque de estacionamento, que vai nascer no coração da zona histórica de Viseu, vai contar com 145 lugares. Neste momento, o processo está em reformulação pela empresa concessionária, depois de a Direção Regional de Cultura do Centro ter voltado atrás com a primeira palavra.
O parque de estacionamento está projetado para a rua Silva Gaio, perto do funicular, um local que, segundo o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, é "um enorme silvado". O parque vai ficar pronto até ao final do ano.
O primeiro parecer da Direção Regional de Cultura do Centro tinha sido desfavorável. A entidade defendia que no espaço deviam ser instalados pomares e hortas. Uma decisão que o executivo disse não aceitar. "A minha decisão já tinha sido tomada. Não aceito que estas decisões fiquem à discricionariedade de técnicos que não gostam mais da cidade do que eu", disse, ontem, o autarca, em reunião do executivo municipal.
"Recuso-me a aceitar que gente instalada nos gabinetes em Coimbra saiba mais do que eu da cidade", disse.
O autarca aproveitou ainda a reunião de Câmara para deixar duras críticas ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que diz ser "injusto", um dia antes da visita de Marcelo Rebelo de Sousa e do primeiro-ministro a Viseu. "Quando acabar o PRR o país vai ficar melhor, mas mais injusto. A distribuição de verbas foi desequilibrada", frisou.
Famílias arriscam despejo
As verbas para as famílias beneficiárias do programa de habitação "Porta de Entrada" estão com um atraso de três meses. Em Viseu, são 25 as famílias que beneficiam deste apoio no âmbito de um protocolo celebrado entre a autarquia, o Alto Comissariado das Migrações e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana para famílias com dificuldades.
"As pessoas, em vulnerabilidade social, veem-se confrontadas com ameaças de despejo devido ao atraso do pagamento das rendas", salientou Ruas, reclamando ao Estado que cumpra o protocolo. "Algumas famílias são ucranianas, que fugiram da guerra, e a quem o Estado prometeu ajuda para a sua instalação", rematou.