Manjericos, peixeiras, barcos, sardinhas, São João e São Pedro, nenhuma destas figuras ficou de fora da terceira Cascata Comunitária de São João, inaugurada esta quinta-feira, no Mercado temporário do Bolhão.
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Mais de 300 pessoas, entre as quais 200 crianças, empenharam-se ao longo da última semana para que, esta quinta-feira, fosse inaugurada a terceira Cascata de S. João, uma das tradições transmitidas de geração em geração que continua a contagiar todos os que nela participam, estreantes ou não.
Foram precisos 250 quilos de barro para dar forma às cerca de 621 peças da colorida cascata. Além das imagens que remetem para a celebração dos santos populares na Invicta, replicas da Torre dos Clérigos, da Muralha Fernandina, do Pavilhão Rosa Mota e até da Casa da Música também compõem a cascata.
José Rocha, comerciante no mercado do Bolhão há 15 anos, considera a iniciativa interessante "porque envolve a população, principalmente as crianças nas tradições da cidade". O comerciante considera, no entanto, que as Cascatas de S. João "estão a perder a sua essência e a ficar modernas demais". A exibição no Mercado Temporário do Bolhão, até ao próximo dia 30, "acaba por chamar mais clientes, nomeadamente estrangeiros", conclui José Rocha
Amélia Fragoso, brasileira e a visitar o Porto pela quarta vez, foi ontem ao Bolhão "para conhecer o espaço e fazer umas compras". A visitante acabou por ser surpreendida com a cascata. "Não conhecia a tradição, nem sabia que estava aqui esta obra, mas gostei muito. Está linda", afirma.
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, esteve presente na inauguração e sublinhou a importância de iniciativas como a cascata para "modernizarem o S. João, mantendo as boas tradições".