A25 com limite de 100 km/h: autarcas de Aveiro apanhados de "surpresa" estão contra
A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) manifestou, esta sexta-feira, "surpresa" pela limitação generalizada de velocidade na autoestrada A25 para 100 km/h, sem que os municípios da região tivessem sido previamente informados.
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A medida, visível em novas placas, aplica-se a toda a extensão da autoestrada, gerando "consequências diretas negativas" a nível económico, social e turístico, segundo os autarcas.
A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro esclarece, em comunicado, que defendeu que "a redução do limite de velocidade só faria sentido em troços urbanos, como forma de evitar a instalação de barreiras ou painéis acústicos".
O município de Aveiro chegou a propor a limitação para 100 km/h, com sinais e radar, no troço urbano entre os nós de Esgueira e das Pirâmides, mas de acordo com o comunicado "nunca obteve resposta".
O Conselho Intermunicipal da Região de Aveiro, reunido em Ílhavo, deliberou repudiar aquela limitação de velocidade, considerando que a mesma "não faz sentido".
Aquele órgão da CIRA decidiu solicitar explicações "com caráter de urgência" a todas as entidades envolvidas e pedir "imediatas medidas de reposição do limite normal" em autoestrada.
No comunicado, o Conselho Intermunicipal recorda que na A25 "só na Região de Aveiro ainda se pagam portagens".
Em abril, a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) aprovou por unanimidade uma moção, saudando o compromisso de Luís Montenegro em acabar com os pórticos na A25.
O atual primeiro-ministro, durante a campanha para as eleições autárquicas, afirmou que a questão do pórtico da A25 em Aveiro "não estava esquecida" e expressou a intenção de resolver todos os casos semelhantes a nível nacional.
Na região, agora "surpreendida" com a diminuição da velocidade permitida naquela autoestrada, continuam a existir três pórticos de portagem localizados nos concelhos de Aveiro e Albergaria-a-Velha, os quais pertencem a uma concessão que não foi incluída no diploma que eliminou as portagens nas vias rápidas estruturantes do Interior e do Algarve, conhecidas como SCUT.