Isenção na A25 deixou de fora três pórticos. PS apresentou projeto-lei para eliminar as taxas.
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No total dos 199 quilómetros que compõem a A25, ligando Ílhavo a Vilar Formoso, 13 deles, com três pórticos situados entre Angeja (Albergaria-a-Velha) e Aveiro, ficaram de fora da lei n.° 37/2024, de 7 de agosto, que aboliu as portagens em sete ex-scut. Tudo, porque pertencem à concessão Costa de Prata e não à da Beiras Litoral e Alta, ambas exploradas pela Ascendi. A região de Aveiro não desarma e insiste na abolição da cobrança. E, na semana passada, o PS apresentou um projeto-lei que “visa exclusivamente a eliminação total das taxas de portagem da autoestrada A25”, exortando a maioria da AD (PSD-CDS/PP) a aprová-lo no Parlamento.
Hugo Oliveira, deputado na Assembleia da República e presidente da Federação Distrital de Aveiro do PS, sublinhou que, “apesar de o atual primeiro-ministro ter assegurado a isenção dos pórticos remanescentes da A25, o XXV Governo ainda não tomou medidas nesse sentido. O PS exige que a maioria da AD seja coerente e vote favoravelmente a abolição das portagens”, frisou Hugo Oliveira, em comunicado.
O deputado explicou, ainda, que a proposta socialista “é a única em apreciação [na Assembleia da República] que tem, como objetivo exclusivo, resolver o problema da região de Aveiro, ao contrário de outras que visam, sem critério e de forma indiscriminada, a eliminação total de portagens” em todo o território luso. Por isso, está convicto de que “a proposta do PS é a única que tem condições para ser viabilizada”.
À espera
Quem também se encontra a aguardar que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, cumpra as promessas que fez durante a campanha eleitoral é a Plataforma P’la Reposição das scuts na A23 e A25. “O compromisso que havia era que, no Orçamento do Estado de 2026, essa situação seria resolvida. Foi o que foi dito na campanha, não só pela Oposição como pelo atual Governo. Espero que seja cumprido”, realçou, ao JN, Luís Garra, porta-voz do movimento.
De recordar que a não isenção do pagamento de portagem nos três pórticos apanhou de surpresa automobilistas e autarcas no primeiro dia do ano, quando a lei entrou em vigor. E, poucos dias depois, começou a circular uma petição pública, que alcançou 11 222 assinaturas, para exigir o fim das portagens.