Maria José Azevedo, insurgiu-se, ontem, contra o abate de 22 árvores em Ermesinde, considerando que se tratou de um "atentado ambiental".
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As objecções da vereadora independente da Câmara de Valongo foram colocadas na reunião do Executivo. O vereador das Obras Municipais, Arnaldo Pinto Soares, garante que foi uma iniciativa da Junta de Freguesia. Luís Ramalho, presidente da Junta, confirma e até diz que foram 27. Mas assegura que não teve outra alternativa face ao estado de degradação das árvores.
"O abate de 22 árvores no largo da antiga feira de Ermesinde configura um atentado ambiental e à história da cidade, já que se tratam de plantas de grande porte, com ligação à memória e ao património sentimental da população", alega o movimento de Maria José Azevedo, "Coragem de mudar".
Autarca vai plantar mais 50
Segundo a vereadora, o derrube das árvores foi feito "ao arrepio dos pareceres técnicos e das decisões políticas". Arnaldo Soares diz que foi a Junta de Ermesinde que propôs o abate de 17 árvores, inserido num projecto de requalificação do Largo António da Silva Moreira. A Autarquia opôs-se e, com base num parecer da Faculdade de Engenharia, aceitou derrubar apenas sete exemplares.
"A Junta disse então que assumiria o abate das árvores", revela o vereador. Luís Ramalho confirma. "No local, verificou-se que mais árvores corriam perigo de queda. Por isso, o abate de 27 de um total de 70 árvores. Não foi uma decisão tomada de ânimo leve ou por teimosia", diz o presidente da Junta, referindo que os exemplares (plátanos e tílias) estavam muito degradados, devido à idade e a danos causados pelos feirantes. O autarca assegura que ainda existe no largo da antiga feira "uma árvore em cada 40 metros quadrados". Para compensar, compromete-se, até ao final do ano, a plantar 50 árvores na cidade. "Vou reunir com associações ambientalistas para me ajudarem a escolher as espécies adequadas", acrescenta.