Eurodeputados esperam política uniforme para migrantes.
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As eurodeputadas portuguesas Maria Manuel Leitão Marques (PS), Marisa Matias (BE) e Lídia Pereira (PSD) defendem uma revisão do acolhimento de refugiados, no seguimento da guerra na Ucrânia, apelando a um maior consenso entre a receção e integração de refugiados provenientes de todo o Mundo para além dos ucranianos. Também na sequência da guerra, o eurodeputado independente Francisco Guerreiro lamenta a elevada dependência energética pela União Europeia da Federação Russa. Os quatro elementos estiveram esta terça-feira na iniciativa "O Parlamento Europeu à sua porta", que termina amanhã em Coimbra, na Praça da República.
Apesar de elogiar o acolhimento de refugiados provenientes da Ucrânia nos países da União Europeia, Marisa Matias espera que essa política seja alargada a todos os refugiados, o que, entende, "não está a acontecer".
Já a eurodeputada socialista Maria Manuel Leitão Marques lembra que antes da guerra começar na Ucrânia, "já havia muitos refugiados às portas da Europa". Gostaria que houvesse um maior consenso na política de acolhimento, mas afirma não estar certa que vá acontecer.
Lídia Pereira mostra preocupação com o que está a acontecer na Polónia, em que são as famílias que estão a acolher refugiados e não o Governo. "Não falamos só em acolhimento mas também integração. Isto pode ser uma "bomba relógio" em termos de casos de tráfico humano", alerta a eurodeputada do PSD.
Francisco Guerreiro centra as suas preocupações na elevada dependência energética e agroalimentar da zona do conflito. "Infelizmente, continuamos a financiar a guerra na Ucrânia. Há muito tempo que já devíamos ter caminhado para uma situação de independência energética", considera o deputado independente.