A greve geral convocada pela CGTP teve uma adesão "pouco significativa" e "aquém das expetativas" no distrito de Vila Real, reconheceu, esta quinta-feira, o coordenador da União de Sindicatos local.
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António Serafim disse à Agência Lusa que a adesão à greve ficou "aquém das expetativas" da CGTP para este distrito transmontano, embora salientando que o setor onde a paralisação se fez mais sentir tenha sido a saúde.
De acordo com Antónia Alves, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, as urgências nos hospitais de Vila Real e Chaves funcionaram apenas nos "serviços mínimos" durante a noite, enquanto que a adesão nos hospitais de Lamego e Régua "atingiu os 100%".
Já esta manhã, o hospital de Vila Real registava uma adesão na ordem dos 25%, o da Régua 15% e Chaves 17%.
Nos centros de saúde, 56% dos enfermeiros aderiram ao protesto na Régua, 50% em Mesão Frio e 57% em Murça.
Em contrapartida, nos centros de saúde de Vila Real número dois, Santa Marta de Penaguião, Sabrosa, Chaves número um e Montalegre nenhum profissional fez greve.
Em relação às escolas, Carlos Taveira, do Sindicato dos Professores do Norte, disse que estava tudo a "funcionar na normalidade" durante esta manhã.
António Serafim referiu que, durante a preparação da greve, foi privilegiado o contacto direto com os trabalhadores e que, nesse contacto, verificou um "grande desânimo" e "muitas dificuldades económicas".
"Muitos diziam-nos que,no final do mês, um dia de salário a menos pesava muito no orçamento familiar", frisou.
António Serafim referiu ainda num "clima de grande pressão, coação e de medo" que atinge principalmente o setor privado.