A empresa alemã Adidas, instalada na TecMaia, afirmou nesta quinta-feira ao JN que não haverá reversão no despedimento de 300 dos seus 700 trabalhadores, anunciado na semana passada. Porém, está a tentar "encontrar soluções justas para todos", incluindo enviar alguns "para outros cargos da empresa no Porto".
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Relativamente às acusações do secretário de Estado do Trabalho, na quarta-feira, de que o Governo soube do despedimento coletivo pela comunicação social, nada disse.
Miguel Fontes afirmou que não conseguia contactar com os responsáveis da empresa e admitiu ter havido irregularidades no despedimento.
Já nesta quinta-feira, fonte do Ministério afirmou ao JN que, "apesar de até ao momento não ter dado entrada qualquer processo a manifestar a intenção de um eventual despedimento coletivo, o Governo e os serviços do Ministério do Trabalho estão a acompanhar de perto a situação e não deixarão de atuar, nos termos da Lei, para salvaguardar os direitos dos trabalhadores."
A fonte da Adidas acrescentou que "certas tarefas serão executadas fora de Portugal" e a restruturação que a empresa está a operar até julho do próximo ano trará "novas responsabilidades no Porto". O objetivo é agregar competências de forma mais uniforme em vários locais, mas "o Porto continuará a desempenhar um papel importante para a empresa", prossegue a Adidas.
Fialho Almeida, CEO da TecMaia, diz estar convicto de que há empresas dentro daquele espaço municipal interessadas em absorver algumas das pessoas que vão ser despedidas pela Adidas. "Tenho conhecimento de empresas da TecMaia que contratam trabalhadores com o perfil dos da Adidas (ligadas fundamentalmente ao marketing e contabilidade).