Afonso Henriques volta a armar-se cavaleiro 900 anos depois

Dias antes, no próximo sábado, realiza-se a 6.ª edição das Jornadas Históricas sobre o tema da ligação do reinado de D. Dinis com Guimarães, na Sociedade Martins Sarmento.

A Feira Afonsina de 2025 vai recriar o momento, há 900 anos atrás, em que Afonso Henriques, com apenas 14 anos, se armou cavaleiro pelas suas próprias mãos na catedral de Zamora. A recriação da investidura vai acontecer nos dias 20, 21, 22 e 23, às 22.15 horas, no Largo da Misericórdia e será antecedida por um cortejo proveniente do Largo da Oliveira, através da Rua da Rainha. Está garantido o regresso do Quelho das Desgraças, onde se encontram as prostitutas, bandidos, bruxas, adivinhos e emprestados, e de números como Na Pele de um Guerreiro, em que os visitantes serão convidados a participar num treino militar medieval, à sombra das muralhas do castelo de Guimarães.

Batalha decorre à noite

O ponto alto das comemorações acontece no dia 24: a Batalha de São Mamede, em que as forças de D. Afonso Henriques venceram as de D. Teresa (sua mãe) e dos seus aliados galegos. Apoiados nas palavras do historiador José Mattoso, que se referiu a este momento com “a primeira tarde portuguesa”, os vimaranenses passaram a celebrar, nos últimos anos, esta data como o Dia Um de Portugal. O programa fecha às 21.30 horas, no campo de São Mamede, com a cerimónia de condecorações honoríficas municipais e um concerto da Orquestra de Guimarães com o Coro Comunitário.

As jornadas históricas, integradas também nas comemorações, realizam-se no sábado na Sociedade Martins Sarmento e têm como foco o reinado de D. Dinis e a sua ligação a Guimarães. O evento reúne investigadores como José Augusto de Sottomayor-Pizarro, Saul António Gomes, José Ferrão Afonso, Rita Sousa e João Gouveia Monteiro.