O Governo assegurou esta quarta-feira que os estudos ferroviários existentes, já com décadas, serão atualizados. O transporte de mercadorias tem primazia.
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No que à ferrovia diz respeito, Miguel Pinto Luz assegurou que a ligação Aveiro-Viseu-Guarda-Salamanca é “a terceira prioridade” do Governo, logo a seguir à linha de alta velocidade entre Lisboa e Madrid – cuja obra “estará concluída até ao final deste ano”. A “prioridade máxima”, no entanto, vai para Lisboa-Porto-Vigo.
Mesmo sem ter no horizonte um prazo para conseguir financiamento para a construção da ligação ferroviária, em velocidade alta, entre Aveiro e Salamanca, o Governo vai avançar com a atualização dos estudos já existentes e com os projetos da obra. A garantia foi deixada esta quarta-feira, em Aveiro, por Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas e da Habitação, no final de uma reunião de trabalho sobre o Transporte Ferroviário no Corredor Atlântico.
Nesses dois casos prioritários, trata-se de linhas para comboios que circulem acima de 250 quilómetros por hora (km/h). No caso de Aveiro-Salamanca, será uma linha de velocidade alta – ou seja, até 250 km/h.
“Como há, na nossa opção, uma primazia para a circulação de mercadorias [ainda que vá servir também passageiros], não faz sentido termos uma velocidade superior. Ficamos bem servidos”, assegurou Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro.
“Partamos então para projetos. Para quando existirem verbas necessárias e suficientes, em Orçamento do Estado ou na Europa, podemos estar na ‘pole position’ para implementar estes projetos como prioritários”, deixou claro o ministro das Infraestruturas e Habitação. Miguel Pinto Luz sublinhou, ainda, que “em Portugal tardam muito os projetos” e que se fizeram “muitos estudos nas últimas décadas”.
Quando confrontado sobre o facto de não haver ainda financiamento previsto para a obra – nem estar definido o modelo de cofinanciamento –, o governante deixou uma certeza: “se existirem verbas e não existir projeto, não se pode fazer”.
Na reunião de trabalho, que é a quarta sobre o Corredor Atlântico, participaram autarcas, comunidades intermunicipais, a CCDR do Centro e o Conselho Empresarial do Centro.