Nem o muito frio que se faz sentir na manhã desta quarta-feira na cidade de Beja quebrou o ânimo dos professores que cumprem o segundo dia da greve nacional por distritos convocada pela FENPROF e por sete sindicatos afiliados.
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O cenário é idêntico nos vários estabelecimentos de ensino da cidade sejam no Primeiro Ciclo do Básico ou do Secundário, com a esmagadora maioria dos alunos a regressaram a casa por falta de professores para ministrar as aulas
Muitos pais dos alunos residentes nas várias localidades periféricas do concelho optaram por não enviar os seus filhos para as escolas, evitando depois uma espera angustiante pelos transportes rodoviários para regressarem a casa.
Concentrados à porta dos estabelecimentos de ensino, os professores vão dando largas ao seu protesto com cartazes, palavras de ordem, cantando, tocando tambores e fazem-se ouvir muitos apitos. Para explicar a sua luta, os professores distribuem aos pais e encarregados de educação uma Carta à Comunidade Educativa, um texto sobre "Porque lutam os professores".
Manuel Nobre, presidente do Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS), fez um primeiro balanço da jornada de luta, sustentando que "a adesão é muito grande", apontando como exemplo o caso de Vila Nova de S. Bento, no concelho de Serpa, "um território para a nossa luta, onde a adesão é grande", concluiu.
A partir das 11 horas, nas Portas de Mértola, a principal artéria pedonal de Beja, vai realizar-se uma concentração de educadores e professores com a presença de Manuel Nobre (SPZS) e José Feliciano Costa, secretário-geral da FENPROF.