As eleições no espaço O Amanhã da Criança avançaram mesmo, contra as previsões da comissão provisória de gestão (CPG) da instituição particular de solidariedade social (IPSS) da Maia. O sufrágio esteve em risco de não se realizar, devido a problemas com os cadernos eleitorais, mas os sócios deslocaram-se mesmo à sede do organismo para escolher a próxima direção.
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Contactado pelo JN, o presidente da CPG, Mário Gouveia, que havia avançado com o adiamento do sufrágio, afirmou não estar a par da realização das eleições e optou por não prestar mais declarações.
O líder da única lista que foi a votos, Alfredo Ribeiro, estava convicto de que o ato eleitoral será válido ao abrigo da lei. "Como a comissão de gestão não cumpriu o seu papel, que era gerir o processo, houve três sócios que se voluntariaram e formaram a mesa eleitoral", explicou.
Logo quando as urnas abriram, vários sócios fizeram questão de votar. Alguns destes funcionários, pais e filhos de utentes d'O Amanhã da Criança fazem também parte da lista que pretende dar um novo rumo à IPSS, que se debate com problemas, sobretudo desde que o anterior presidente foi detido por suspeita de desvio de fundos.
Agora, Alfredo Ribeiro considera que está na hora de virar a página e garante já ter um plano definido para o futuro: "Temos de resolver a questão da dívida de 1,7 milhões de euros à Segurança Social. Depois, recuperar a credibilidade da instituição e torná-la sustentável".