Na última sessão extraordinária da assembleia de freguesia realizada, ontem, em Guetim, os autarcas com representação neste órgão autárquico aprovaram, por unanimidade, a proposta de desagregação da União de Freguesias de Anta e Guetim.
Corpo do artigo
Nove anos após a junção destas duas freguesias por força da "lei Relvas", como ficou conhecida a lei relativa à reorganização territorial de 2013, as populações destas duas freguesias mostraram o seu desejo de desagregação comparecendo em grande número a esta assembleia.
Na proposta estão presentes menções aos vários protestos da população e iniciativas levadas a cabo nos órgãos autárquicos em prol da reversão da reforma administrativa.
"Foi posta em causa a coesão territorial e o sentimento de pertença - em especial das gerações mais jovens - à sua Freguesia histórica, ao mesmo tempo que foram perdendo relevância, no contexto alargado de unidade territorial, as tradições, festividades e símbolos identitários de cada uma das Freguesias agregadas" é, ainda, referido no documento.
Realça-se, igualmente, que a agregação de freguesias "apenas reforçou as rivalidades entre as povoações [de Anta e Guetim] historicamente diferentes".
"A reorganização territorial imposta em 2013 redundou em erro, o qual tem vindo progressivamente a causar graves prejuízos e constrangimentos para a comunidade" justificou, por seu lado, Nuno Almeida, presidente da Junta da União de Freguesias de Anta e Guetim.
O autarca adiantou que, nos últimos anos, esta União de Freguesias foi sujeita a uma "redução de cerca de 54% do financiamento por parte do município de Espinho em comparação com o somatório do financiamento das Freguesias em separado".