Num investimento de oito milhões de euros, assumido pela Águas do Douro e Paiva, a antiga central de captação de água da Foz do Sousa, em Gondomar, vai dar lugar ao "Centro de Excelência da Água". O concurso para o projeto de execução será lançado ainda esta sexta-feira. A obra deverá iniciar-se entre 2022 e 2023.
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Foi assinado esta sexta-feira um memorando de entendimento entre a Câmara do Porto, proprietária do edifício, e a Câmara de Gondomar e a Águas do Douro e Paiva, para criar e gerir um "novo centro de conhecimento e inovação" na antiga central de captação da Foz do Sousa, em Gondomar. O memorando contou com a homologação do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.
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Para o autarca Marco Martins, o projeto terá "um papel fundamental" para Gondomar. "Tínhamos aqui um imóvel devoluto há mais de três décadas que, naturalmente, estava degradado, abandonado e que tem sido vandalizado. Agora vai ser inserido naquilo que é um serviço para a comunidade, um serviço educativo na área da educação ambiental, mas que também recria aquilo que é a história do abastecimento de água ao Grande Porto durante um século e meio", explicou o presidente da Câmara de Gondomar.
Também o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, reforçou a importância da recuperação do edifício como "elemento de memória coletiva".
"Espantosa máquina industrial"
Para já, prevê-se que este novo centro possa garantir a reconstrução da ponte sobre o rio Sousa e a criação de estacionamento na área envolvente, a par da reabilitação do edifício, que deverá ser "energeticamente neutro e sustentável". Além da criação de espaços de lazer nas margens do rio, haverá também uma área para musealização.
O ministro do Ambiente recordou a "espantosa máquina industrial" que operou naquele edifício até finais do século XX, realçando que se trata de "um projeto essencial para a recuperação, de uma peça patrimonial ligada à história do abastecimento de água da cidade do Porto, transformada agora num centro de saber".