Antiga casa de construção tradicional situa-se junto à rotunda do Hospital
Direitos Rservados
O edifício que outrora foi sede da CERCIAV, no extremo da Avenida Artur Ravara, em Aveiro, junto ao Conservatório Calouste Gulbenkian, vai ser demolido, de modo a permitir avançar com a obra de ampliação daquele estabelecimento de ensino artístico.
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O anúncio foi feito por Ribau Esteves, presidente da Câmara, na última Assembleia Municipal, e rapidamente contestado por Alberto Souto, ex-edil e atual candidato do PS às eleições autárquicas deste ano. Souto alega que “outras opções devem ser equacionadas”, por se tratar de um edifício “de construção tradicional portuguesa, na escola de Raúl Lino”.
Ribau Esteves adiantou que o projeto de remodelação e ampliação do Conservatório de Aveiro “está praticamente terminado”, explicando que “todas as opções estão tomadas” e frisando que se trata de “uma reabilitação profunda de todo o edificado existente”.
“Vamos acabar com aquele edificado que lá está, algum que já caiu e outro que está para cair. Aqueles anexos e aquela casa velha que está lá no gaveto [mesmo ao lado do conservatório]. É aí a parte nova, porque como sabemos temos um problema na área da dança [uma vez que o Conservatório carece de espaço para dar formação]”, referiu Ribau Esteves, referindo-se à moradia que serviu, em tempos, de sede da CERCIAV
Oportunidade perdida
O autarca frisou que o novo edifício “ficará muito bem equilibrado com o velho” e que “será ali também a nova entrada, com acessibilidade para pessoas com mobilidade condicionada e elevador e que vai servir a parte nova e a parte pré-existente”.
Em causa está a necessidade de criar um espaço destinado à formação de dança. “O nosso conservatório tem dança, mas não tem onde dar a formação”, realçou Ribau Esteves.
Para Alberto Souto, “a necessidade de uma sala para a dança não implica, porém, a demolição daquela casa, que, uma vez recuperada, pode servir o Conservatório em outras valências”. “Esta é mais uma oportunidade que se perde de preservar e valorizar o património aveirense. Não há qualquer razão para esta demolição. Basta querer preservar”, sublinhou, em comunicado, o candidato socialista. Souto referiu, ainda, que caso seja eleito, “a casa será recuperada e o Conservatório terá a sua sala para dança”.