O antigo posto fiscal de Malpica do Tejo, no concelho de Castelo Branco, reabriu sexta-feira, dia 13, como alojamento local, reconvertido no âmbito do Fundo Revive Natureza.
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Rui Pratas vive em Lisboa, mas visita com regularidade a aldeia de Malpica do Tejo, onde tem casa. Agora gere também este espaço, situado na rua que funcionava como fronteira (porque é o Tejo que neste ponto divide Portugal de Espanha), por ser de passagem obrigatória para quem precisasse transportar bens de um lado para o outro. Ali verificavam a mercadoria, a documentação e muitas vezes ficavam detidos alguns contrabandistas. Gastou cerca de 15 mil euros a tornar um edifício antigo e degradado num espaço habitável.
Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, destacou que estes espaços reconvertidos têm um de atividade turística, mas gerido por privados. “Castelo Branco tem esta proximidade feliz com o principal mercado emissor na região, o mercado espanhol. Mas para fixar turistas, temos que ter condições de alojamento, senão teríamos visitantes ou excursionistas”, sublinha, reiterando que, “estes são territórios que contam” e que “estão no epicentro de dois dos mercados principais, o espanhol e o português”, mercado ibérico que representa “120 milhões de turistas internacionais”.
O presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, corrobora que este “é um território de oportunidades”, incluindo “as freguesias de Malpica do Tejo e a de Monforte da Beira, com a forte ligação ao Tejo”, mas onde também ganha expressão o turismo cinegético, pedindo por isso que a oferta como o alojamento local possa ser reforçado com a integração do Revive Natureza de um outro antigo posto fiscal, também em Malpica do Tejo, o de Fraldona. Um pedido tido em conta pelo secretário de Estado. Mas os pedidos estenderam-se ainda à concretização do IC31. O autarca também não se esqueceu de lembrar a Pedro Machado a degradação que continua a consumir o Colégio de São Fiel, depois de devastado pelas chamas em 2017.
Tal como ao posto fiscal de Malpica do Tejo, o Revive quer dar nova vida ao de Alares (Idanha-a-Nova) e ao de Monte Fidalgo (Vila Velha de Ródão) e pode acolher o de Fraldona.
O Colégio de São Fiel, em Louriçal do Campo, faz parte do Revive Património, mas a sua reconversão é mais complexa.