O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) conta com apenas um responsável para assegurar o estudo e análise de sinistros como o de ontem em Lisboa com o Elevador de Glória. Isso mesmo foi confirmado ao JN por fontes conhecedoras da atuação do GPIAFF, que denunciaram escassez de pessoal.
Corpo do artigo
O GPIAAF é chamado sempre que ocorrer uma ocorrência que envolva pelo menos um transporte ferroviário que tenha como consequência uma ou mais vítimas mortais ou cinco ou mais feridos graves. "Existe um investigador para cobrir todo o país", assegurou uma das fontes, que falou em pedidos feitos ao Governo no início do ano pelo Gabinete no sentido de reforçar a equipa "que ainda não obtiveram resposta".
Hoje, o único elemento do GPIAFF disponível teve o auxílio da Polícia Judiciária e da Autoridade para as Condições do Trabalho no teatro de operações do Elevador da Glória. "Foi uma perícia muito focada nas causas do acidente e na procura de todos os detalhes que possam levar à sua explicação, desde a parte funcional do equipamento à sua manutenção, por exemplo", revelou ao JN quem conhece de perto os procedimentos. "Equipas provenientes de faculdades ou institutos são também geralmente chamadas a auxiliar no terreno o GPIAFF", acrescentou.