Apresentadas seis propostas para construir a Ponte D. António Francisco dos Santos
No âmbito do concurso de conceção e construção, foram apresentadas seis propostas para a construção da Ponte D. António Francisco dos Santos, que ligará Porto e Gaia e que servirá carros e peões. As propostas serão analisadas pelo júri do procedimento e não foi fixado um prazo para terminar este processo.
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O custo da Ponte D. António Francisco dos Santos, suportado pelas autarquias do Porto e de Gaia, está estimado em 38,5 milhões de euros. Será mais uma travessia sobre o rio Douro e encaixará em Campanhã, do lado portuense, e em Oliveira do Douro, na margem gaiense.
O prazo para a entrega das propostas no âmbito do concurso de conceção e construção da ponte e dos acessos terminou no passado dia 13 de outubro, tendo as seis propostas sido apresentadas através da plataforma de contratação pública.
"As propostas irão, agora, ser objeto de análise pelo júri do procedimento, não sendo possível, neste momento, antecipar qualquer prazo para o efeito, dada a enorme complexidade técnica que é inerente a um processo como este", foi adiantado ao JN.
O processo segue os trâmites normais, não obstante ter sido anunciada pelo Governo, em setembro, uma nova ponte, também sobre o rio Douro e com localização muito próxima, para servir o TGV e o trânsito rodoviário, que poderá travar a construção da travessia D. António Francisco dos Santos.
No passado dia 10, na reunião de Câmara de Gaia, o vice-presidente, Patrocínio Azevedo, deixou tudo em aberto. "Vamos continuar a avançar com as propostas. Mantemos o concurso. Até pode acontecer que nenhuma das propostas se encaixe no nosso modelo financeiro. Mais para a frente traremos à Câmara os vários cenários", afirmou.
Ainda em relação à Ponte D. António Francisco dos Santos, disse "reconhecer que a ponte já devia estar em execução", mas que "atrasos" de vária ordem foram adiando os prazos. "Os próximos meses dirão se teremos uma ou duas pontes", reafirmou, acerca de hipótese de coexistirem duas novas pontes, muito próximas e ambas sobre o rio Douro.
Em relação aos acessos, do lado de Gaia, revelou que "90% dos terrenos pertencem só a um proprietário, que sabe das negociações que estão a ser desenvolvidas". Este proprietário "cederá gratuitamente" os terrenos, pois na área será implantado um projeto imobiliário.
"Os acessos são praticamente os mesmos", garantiu, seja para o caso de ser construída a ponte para o TGV, seja para o caso de ser edificada a Ponte D. António Francisco dos Santos.