A euforia gerada ontem nas redes sociais em torno da notícia do JN sobre a venda de "ar abençoado de Fátima" enlatado ainda não se traduziu num aumento de encomendas
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O proprietário da empresa responsável pelo negócio, Sergiy Pankovets, está otimista. "Queremos as nossas latas espalhadas pelo país inteiro", disse.
A ideia de vender "ar de Fátima" em latas mereceu inúmeros comentários dos internautas, alguns deles menos positivos, mas o empresário prefere evitar a controvérsia e concentrar-se no desenvolvimento de novas propostas, dirigidas sobretudo aos turistas que visitam o nosso país.
Assim, amanhã, conta ter já pronta para distribuição uma lata com "ar da Batalha", a terceira a juntar-se ao catálogo da empresa Pankovets, que até agora contava apenas com embalagens com "ar" de Fátima e Lisboa. A próxima será a de Évora. Há outras regiões e locais no horizonte, como o "ar" do estádio da Luz, do Algarve, Porto e Madeira, porém, Sergiy quer dar passos seguros. "Isto é tudo feito à mão, por isso temos de ir com calma", disse o empresário de 34 anos.
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Convidado a pronunciar-se sobre a comercialização de "ar abençoado de Fátima", numa lata com imagens do santuário e da Virgem Maria, os responsáveis do templo mariano recusaram tecer comentários, mas salientam "que nada têm a ver com o negócio e que se demarcam dele em toda a linha".
Para o presidente da Associação Empresarial Ourém-Fátima, Alexandre Marto, um produto deste tipo só poder encarado como "um artigo de humor". "Não acredito que alguém compre, convencido de que está a comprar uma coisa sagrada. Não será nunca um artigo religioso e algumas pessoas até poderão considerá-lo de mau gosto", tendo em conta que se refere a um espaço religioso e de fé.
A lata com "ar abençoado de Fátima" está à venda por três euros e é apresentada como "uma lembrança" para "reviver o espírito do santuário de Fátima".