Os Bombeiros Voluntários e a Proteção Civil de Arcos de Valdevez estão de prevenção devido à ocorrência de derrocadas em vários pontos do concelho.
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Segundo o Comandante da corporação, Filipe Guimarães, durante a manhã desta quarta-feira, foram registados, pelo menos, três aluimentos de terras mais significativos. "Tivemos uma derrocada o Lugar de Almoínha, em Miranda, outra em Cunhas, no Soajo e houve uma também em Eiras, na Estrada Nacional 101. Neste último caso, a derrocada condicionou metade da via, exigindo uma intervenção com maquinaria. "A Infraestruturas de Portugal resolveu o problema", relatou o Comandante Filipe Guimarães.
No caso do Soajo, a enxurrada "caiu para a estrada e arrastou postes de eletricidade". "O corpo de Bombeiros não tem nenhuma equipa específica, mas está sempre atento quando há estas situações de mau tempo. Tem o pessoal de prevenção, que acode a tudo o que aparece", disse ainda, lembrando a propensão do município de Arcos de Valdevez para este tipo de fenómenos.
O vereador da Proteção Civil da Câmara de Arcos de Valdevez, Olegário Gonçalves, traça um cenário de "grande preocupação" face "a dezenas de derrocadas em estradas, muros e taludes, só nas últimas noite e manhã". "Calculamos um prejuízo próximo de 100 mil euros devido a derrocadas no espaço público. Temos máquinas a trabalhar por todo o concelho na limpeza e desobstrução de estradas", declarou Olegário Gonçalves.
Recorde-se que, no final de junho de 2021, ocorreu um aluimento de terras no Lugar da Igreja, Sistelo, que provocou uma "cratera com 100 metros de extensão, 12 metros de largura e cerca de seis metros de profundidade". Na altura, 31 pessoas foram retiradas de casa durante a noite, por precaução, e regressaram no dia seguinte. Nesta altura, decorrem ainda obras de recuperação.
Também em dezembro de 2000 ficou marcado a negro na história do concelho de Arcos de Valdevez, devido a um deslizamento de terras que matou quatro pessoas e destruiu várias habitações no lugar de Frades, freguesia de Portela.