Os trabalhos de recuperação da derrocada de Sistelo, em Arcos de Valdevez, foram concluídos. Toda a área afetada pelo aluimento de terras, que assustou a população da aldeia, em junho de 2021, foi restabelecida.
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A informação foi avançada esta segunda-feira, em comunicado, pela câmara municipal de Arcos de Valdevez, adiantando que a obra executada em duas fases, representou um investimento global de cerca de 1,4 milhões de euros.
"Está concluída a 2.ª fase da recuperação da derrocada de Sistelo - Arcos de Valdevez pelo valor de 475.724,82 euros, a qual repôs, com rigor, a orografia, os socalcos (e seus suportes) as infraestruturas de rega e agrícolas, pré-existentes ao deslizamento de terras, garantindo a reconstituição da paisagem", informa a autarquia, lembrando que aquele território está inserido na reserva mundial da biosfera da UNESCO, e classificado como monumento nacional - Paisagem Cultural de Sistelo.
A câmara de Arcos de Valdevez recorda ainda que a primeira fase da obra, após a derrocada, implicou "reposição e drenagem das águas pluviais da bacia hidrográfica".
Segundo aquele município as duas intervenções "tiveram um custo total de 1.406.991.94 euros", e foram levadas a cabo no âmbito da Operação "POCI-07-62G9-FEDER-181447 - Intervenção de Consolidação da Margem do Rio Vez Sistelo, Arcos de Valdevez", cofinanciada pelo FEDER, Programa Operacional Compete2020, EIXO VII - REACT-EU, com um investimento elegível e comparticição comunitária de 1.335.600,00 euros.
O aluimento de terras ocorreu ao início da noite de 27 de junho de 2021, no lugar da Igreja. Abriu "uma cratera com 100 metros de extensão, 12 de metros de largura e cerca de seis metros de profundidade", numa zona de campos agrícolas, entre duas habitações e o castelo da aldeia.
Na altura, 31 pessoas foram retiradas de casa durante a noite, por precaução. Regressaram no dia seguinte, após especialistas terem considerado que estavam reunidas condições de segurança.