Já arrancou a construção do novo Centro de Saúde das Caxinas, em Vila do Conde. A primeira pedra foi colocada esta segunda-feira. O espaço, que vai servir os 14500 utentes das Caxinas e Poça da Barca, deverá estar pronto em junho de 2026. Vai custar três milhões de euros, 2,6 milhões dos quais financiados pelo PRR.
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“Foi um longo caminho com algumas pedras que foi preciso remover. Tanto tempo gasto, uma parte dele em burocracias que bem podiam ser dispensadas. No meu trabalho e ação de presidente da Câmara o que mais me custa é o tempo que é gasto a operacionalizar as decisões. Fazer andar as coisas é lutar permanentemente”, afirmou Vítor Costa, que, depois de três anos de “luta”, vê finalmente avançar uma das suas principais promessas eleitorais.
Em 2021, recordou, ainda antes das eleições autárquicas, visitou a Unidade de Saúde Familiar dos Navegantes, a funcionar “num espaço muito pequeno”, junto ao pólo das Caxinas da Junta de Freguesia. “Fiquei muito preocupado com a falta de condições mínimas”, frisou.
Enquanto candidato, prometeu instalações novas. Convenceu o Ministério da Saúde, encontrou financiamento no PRR, negociou com a Santa Casa da Misericórdia e com a Lactogal, a fim de garantir um terreno “o mais central possível”. Seguiu-se a elaboração do projeto, o concurso público e o visto do Tribunal de Contas.
O novo edifício dará “dignidade, segurança e conforto” à prestação de cuidados de saúde na zona norte da cidade. Ali ficará a Unidade de Saúde Familiar (USF) dos Navegantes e uma Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados (URAP), com consultas, por exemplo, de nutrição, psicologia e medicina dentária.
Manuel Pizarro fez questão de estar presente. O ex-ministro da Saúde, diz Vítor Costa, “moveu montanhas” para tornar a nova USF uma realidade e contou com a “dedicação e empenho” da diretora do Agrupamento de Centros de Saúde Póvoa de Varzim/Vila do Conde, Judite Neves.
Acordo com Misericórdia e Lactogal
Em 2022, a Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde aceitou ceder à Câmara 2350 m2 de terreno. Em troca, a autarquia viabilizará o complexo habitacional que a instituição vai construir no restante terreno, trata das infraestruturas do lote e isenta a Misericórdia das taxas urbanísticas.
Do terreno do novo Centro de Saúde faz ainda parte uma parcela de 1400 m2, que fazia parte da antiga fábrica da Agros. A Câmara chegou a acordo com a Lactogal. Em troca, vai fazer o arruamento de ligação à EN13, tratar das infraestruturas do lote e isentar de taxas o promotor. Na antiga Agros haverá um posto de combustível, um hipermercado, um espaço comercial e um prédio de habitação.