Um plano "desajustado" da realidade é como o vereador da Câmara do Porto com a pasta da Coesão Social, Fernando Paulo, vê a nova estratégia nacional para a integração de pessoas em situação de sem-abrigo de 2025 a 2030, ao alargar o conceito a quem está em risco de perder a casa. "Temos de atuar todos", diz.
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O vereador da Câmara do Porto responsável pela Coesão Social, Fernando Paulo, aponta, em primeiro lugar, uma "confusão metodológica" na nova estratégia nacional para a integração de pessoas em situação de sem-abrigo para 2025-2030, desde logo pelo "alargamento do conceito de sem-abrigo". Ou seja, para o autarca, "confunde-se" o papel dos Núcleos de Planeamento e Intervenção a Pessoas em Situação de Sem-Abrigo (NPISA) com os meios que compõem a rede social.
A título de exemplo, e com esta estratégia, - cuja responsabilidade é do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social -, Fernando Paulo explica que os NPISA passam a ter também responsabilidade por quem estiver em risco de ficar em situação de sem-abrigo. "Se há pessoas em risco, têm de ser políticas de habitação e técnicos sociais" a responsabilizarem-se pelos casos, critica.