A Assembleia Municipal de Gondomar deliberou, por unanimidade, pronunciar-se contra a agregação de freguesias, optando pela manutenção da atual divisão administrativa do concelho.
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Em reunião realizada na quarta-feira à noite, aquele órgão autárquico entendeu existirem "ponderosas razões para não se criarem problemas onde eles não existem", considerando que "a aplicação da lei ao território concreto do município pode gerar tensões de difícil regulação e controlo".
A lei da reorganização administrativa, publicada no Diário da República na última semana de maio, prevê a redução de mais de mil das 4260 freguesias existentes.
Até 14 de outubro decorre o prazo para que as Assembleias Municipais e de Freguesias se pronunciem sobre o futuro mapa administrativo de cada um dos 220 concelhos que terão de emitir um parecer.
No caso dos municípios que não apresentem qualquer proposta de fusão de freguesias será a unidade técnica que apoia este processo a decidir.
O novo mapa administrativo do país deverá estar concluído até ao final do ano, conforme admitiu em agosto o secretário de Estado da Administração Local, Paulo Júlio.
O concelho de Gondomar tem uma área de cerca de 133 quilómetros quadrados, dividido entre 12 freguesias. Com cerca de 168 mil cidadãos residentes, possui um ratio população/freguesia de 14017 habitantes, uma ratio área/freguesia de 11105 quilómetros quadrados e dispõe de 276 associações/coletividades.
"Estes factos configuram uma organização administrativa coesa, adequada, equilibrada e estável, conferindo identidade forte ao município de Gondomar e às suas 12 freguesias", consideraram os deputados municipais.
Por outro lado - acrescentam - "a generalidade das assembleias de freguesia manifestaram a convicção de que a atual divisão administrativa é a que melhor serve os propósitos de desenvolvimento económico e social".