Associação para crianças autistas em Leiria perde cerca de 60 funcionários em seis anos
Ex-trabalhadores denunciam clima de intimidação na instituição de Leiria. Atual direção recusa todas as acusações.
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Em seis anos e meio, saíram da Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo (APPDA) de Leiria cerca de 60 funcionários, a maioria dos quais devido ao alegado clima de mal-estar e de intimidação gerado pelo presidente e pela vice-presidente da direção, Paulo e Elisabete Santos, e pela sua filha mais velha, Tatiana, para a qual criaram o cargo de diretora de recursos humanos, sendo hoje diretora de serviços. Paulo Santos nega as acusações de assédio moral de que a família é alvo e diz que alguns funcionários saíram por não se adaptarem às funções. Na sequência do contacto do JN, telefonou aos pais para convocá-los para uma reunião.
Seis pessoas ouvidas pelo JN garantem que, quando alguém coloca questões que desagradam a Tatiana Santos, esta reage com gritos e ameaças, sobretudo quando envolvem Catarina, irmã e utente do lar da APPDA. Auxiliar de ação direta do lar, Albertina Real foi uma das funcionárias que bateram com a porta em 2024. "Exigia que fizesse coisas à filha do patrão que não eram feitas aos outros jovens. Quando perguntei se não devia ser igual para todos, virou bicho", conta ao JN.