Plano municipal de combate à predadora em Montalegre consegue resultado surpreendente.
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Desde meados de fevereiro que está em marcha em Montalegre, pelo segundo ano consecutivo, o Plano municipal de combate à vespa-velutina. E os resultados são animadores, já que o efetivo daquela predadora de abelhas baixou em cerca de 75% num ano. Esses resultados foram obtidos graças ao plano que inclui, entre outras medidas, um pedido às paróquias do concelho para passarem a informação nas missas.
No terreno está uma equipa liderada pelo técnico José Luís Tavares, que conta palmilhar o concelho até final de maio no combate à também conhecida como vespa-asiática.
A contagem de menos 75% de ninhos é, para a Autarquia, "um resultado fantástico, que prova o bom trabalho efetuado à luz do Plano municipal de combate à vespa-velutina".
Mapa interativo
Este ano, os dados podem ser acompanhados através de um mapa interativo que exibe os resultados à medida que os trabalhos são efetuados. Um trunfo que alavanca a aposta numa maior proximidade e rapidez com o grande público.
Segundo a Câmara, a diminuição de ninhos resulta, sobretudo, da primeira rede de armadilhas levada a cabo pela Autarquia através do Gabinete Técnico Florestal (GTF). O técnico que lidera o plano, José Luís Tavares, fala em "sucesso".
Esta ação contemplou, como medida primária, a implementação de uma rede de 200 armadilhas dispersas por todas as localidades do concelho, reforçada depois em mais 25% da rede. Até final de maio, com monitorizações quinzenais, toda a ação de trabalho deve estar concluída. Para já, todos os interessados podem acompanhar o andamento dos trabalhos no mapa interativo.
Curiosidades
Como se comporta?
A vespa-asiática é diurna e predadora de outras vespas, abelhas, entre outros insetos. O seu método de ataque é simples: espera as abelhas carregadas de pólen junto das colmeias. Depois, captura-as e retira-lhes o tórax, a parte mais rica em proteínas. Por fim, transporta-as para o seu ninho para alimentar as larvas.
Quando chegou?
A presença em Portugal foi detetada, pela primeira vez, em 2011 em quatro apiários de Viana do Castelo. A velutina é originária de regiões entre o norte da Índia e o leste da China.