Um atentado terrorista lançou o pânico na tarde de ontem no Instituto Universitário de Ciências da Saúde, da CESPU, em Gandra, Paredes, e provocou mais de duas dezenas de feridos. A ocorrência teria sido uma tragédia, se não se tivesse tratado de um simulacro.
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A ação foi promovida pela cooperativa de ensino e pela GNR, no âmbito da licenciatura em Ciências Forenses.
O cenário criado era bem real. Cerca de 90 militares do Comando Territorial do Porto da GNR invadiram o polo 3 da CESPU, depois de serem disparados tiros e de terem sido feridos cerca de 25 alunos. O objetivo era neutralizar um terrorista, ao mesmo tempo que se testou a capacidade de resposta dos militares que participaram na ação e se deu uma espécie de aula prática aos alunos da disciplina de Balística Fogos e Explosivos, do curso de Ciências Forenses.
“O que se pretende com este exercício conjunto com a GNR é que os nossos alunos tenham um contacto com a matéria em formato de aula viva, de conjugação de esforços, para que possam receber toda a formação e conjugar o conhecimento que adquirem cá, em contexto de sala de aula, com o que se passa na realidade”, referiu Luís Marques Fernandes, professor da disciplina.
Preparar a instituição para lidar com as situações e criar conceitos de segurança, foi o objetivo do exercício, que se mostrou “uma mais valia” para os alunos e para a própria disciplina. “É uma preocupação que temos, proporcionar aos nossos alunos o contacto com as forças policiais, com o mercado de trabalho, para conhecerem as dinâmicas no terreno”, referiu Ricardo Dinis Oliveira, coordenador da Licenciatura em Ciências Forenses, certo de que “permite formar melhor” os estudantes.
O exercício contou com a participação de cerca de 90 militares do Comando Territorial do Porto da GNR, entre os quais pelotão de intervenção, pelotão de cavalaria, brigada cinotécnica, que foram também avaliados pelos monitores da unidade de Intervenção.
“Nós desenvolvemos estas sinergias com entidades externas e para nós é muito importante porque a primeira resposta vai sempre surgir das entidades onde as situações acontecem. E a nossa reação será sempre posterior ao incidente. Se pudermos envolver a comunidade em que estamos inseridos para, numa primeira resposta, poder responder de uma forma integrada, potencialmente a resposta vai ser muito mais adequada ao incidente”, garantiu o Tenente Ricardo Faria, do Comando Territorial do Porto da GNR.