Câmara de Guimarães esperou um ano por aval do instituto, o que levou o promotor de 111 fogos a abandonar o projeto. ANMP diz que é um problema transversal no país.
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Os atrasos do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) na análise das candidaturas ao programa 1.º Direito estão a comprometer as estratégias municipais de habitação das câmaras, por todo o país, garante Fernando Queiroga, presidente da Câmara de Boticas e vogal da Associação Nacional de Municípios (ANMP). Na reunião do Executivo de Guimarães de ontem, ficou a saber-se que o promotor que tinha ganho o concurso para a construção a custos controlados de 111 habitações desistiu do contrato, depois de estar um ano à espera da aprovação pelo IHRU. O instituto não deu resposta ao JN.
Fernando Queiroga afirma que, “até há um mês atrás, o IHRU esteve paralisado e isso causou problemas a todos os municípios do país, de uma forma transversal. No caso de Boticas”, refere o autarca que lidera este concelho, “só agora é que estamos em condições de avançar com os concursos públicos para a construção e isso deveu-se aos atrasos do IHRU”. Segundo o vogal da ANMP, “os processos só começaram a andar há cerca de um mês, depois da entrada da nova direção presidida pelo ex-presidente da Câmara de Esposende [Benjamim Pereira]”.