<p>Um indivíduo morreu, esta quarta-feira, atropelado por uma carrinha de mercadorias, na freguesia de Cervães. A violência do embate foi brutal, projectando a vítima a vinte metros do local do acidente, ficando inerte sobre uma grade.</p>
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O cenário era aterrador para todos quantos saíram à rua, alertados pelo ruído provocado pela fricção dos pneus no alcatrão. Restava uma carrinha amarela encostada numa berma, um condutor em choque e uma suposta vítima que, à primeira vista, não se descortinava. Só um olhar perscrutante conseguia encontrar o vulto que jazia sobre as grades que separam a estrada do jardim de uma residência. "O Faninho morreu", gritou a vizinha, mobilizando todos os demais para o local onde o corpo tinha encontrado o repouso eterno.
"Ele tinha acabado de tomar um café e ia para casa", comentavam os moradores do lugar de Olhô, em Cervães, entre alguma exaltação nas vozes, com críticas à velocidade excessiva que se regista naquela via que liga às pedreiras e diariamente é cruzada por camiões.
A violência do embate estava bem vincada na carrinha: pára-brisas estilhaçado; salpicos de sangue por todo o painel lateral. "Houve uma hesitação. Começou a atravessar a estrada e, quando viu que a carrinha se aproximava, recuou. Nessa altura, o condutor que já ia a desviar-se e apanhou-o no meio da estrada", contava uma testemunha.
Mais distante do local do acidente, familiares da noiva do condutor manifestavam o pesar com o sucedido e lembravam a tristeza do jovem "que até já tem casamento marcado". Depois de ser sujeito a teste de alcoolemia que resultou negativo, o condutor foi transportado ao hospital, a fim de serem feitos exames complementares. O acidente deu-se por volta das 14 horas, na estrada municipal 541, e o corpo foi levantado cerca das 15.30 horas, após comparência da autoridade de saúde.