O vice-presidente da Câmara da Maia afirmou que "a população do concelho pode estar muito mais tranquila", porque o assunto relacionado com o surgimento de casos da "doença dos legionários" numa fábrica do concelho está "resolvido".
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"As análises que foram feitas, por aquilo que nos foi dado a saber pela entidade competente, que é a Direção Geral da Saúde (DGS), é que essas avaliações têm dado negativas", afirmou Silva Tiago, que terça-feira criticou a DGS por não ter, até então, informado a Câmara da Maia desta situação.
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Segundo o autarca, "o que a DGS disse, ontem [terça-feira] mesmo, num comunicado escrito, é que não há razões para alarme, que a situação está devidamente circunscrita pela DGS e pelas entidades competentes e que a população e, nós próprios, entidade municipal, podemos estar tranquilos".
A DGS confirmou terça-feira que, desde novembro de 2016, foram identificados dois casos de "doença dos legionários" em trabalhadores da Empresa Sakthi Portugal, na Maia, estando outros seis "em estudo".
Na segunda-feira, a DGS avançava apenas com um caso confirmado na fábrica da Maia e outros sete "em estudo".
Silva Tiago disse que "um dos casos já foi despistado e até já teve alta hospitalar, e que os outros estão a ser avaliados para perceber qual é a correlação que existe entre as análises realizadas nos doentes e na empresa".
"O senhor diretor-geral de Saúde deu-nos nota de que não há motivos para alarme e que as pessoas no concelho e fora dele poderão estar minimamente tranquilas e que não têm de fazer nada de adicional na sua vida quotidiana. Quanto eu sei, não há mais nenhuma fábrica a ser investigada", frisou.
A DGS revelou que, na madrugada de 14 de março, inspetores do Ambiente realizaram operações de fiscalização, ainda em curso, estando a ser tomadas todas as medidas adequadas à situação.
Instalada na Maia há 45 anos, a Sakthi Portugal opera na área da fundição de componentes para o setor do automóvel e é detida a 100% pela Sakthi Índia, empregando cerca de 520 trabalhadores e tendo uma faturação anual de 35 milhões de euros.
A doença, provocada pela bactéria "legionella pneumophila", contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.