Autarca de Braga garante que já tem 15 hectares para parque verde das Sete Fontes
O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, garantiu, esta segunda-feira, na reunião do Executivo, que o Parque Ecomonumental das Sete Fontes já tem 15 hectares de terreno cedidos ao Município para zona verde.
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“Há 12 anos, quando tomei posse, não havia terrenos na posse do Município”, lembrou, salientando que muitos diziam que o Parque nunca iria ser construído e agora está em andamento.
O autarca respondia aos vereadores da oposição, Artur Feio, do PS, e Vítor Rodrigues, da CDU, para quem o Parque não está nem pode estar pronto neste mandato.
Neste capítulo, o autarca da CDU perguntou quais as consequências da recente anulação pelo Tribunal Administrativo de Braga do Plano de Urbanização das Sete Fontes, tendo Ricardo Rio garantido que não afeta as decisões já tomadas. "Ainda estamos a decidir, se vamos apresentar recurso da decisão, ou se optamos por aprovar novo Plano de Urbanização, retirando-lhe a norma sobre expropriações que o juiz considerou ilegal”, afirmou.
O Parque ambiental, que terá 30 hectares de zona verde, baseia-se nas Sete Fontes, a estrutura setecentista de abastecimento de água à cidade e é complementado por uma grande área florestal e de lazer.
Os dois vereadores criticaram o facto de o novo PDM - Plano Diretor Municipal também não estar concluído no mandato autárquico de Ricardo Rio, tendo este explicado que, após o período de consulta pública surgiram várias propostas de munícipes com terrenos suscetíveis de serem incluídos no documento como urbanizáveis, estando esses casos a ser tecnicamente estudados. “Prevemos que, em setembro, se possa fazer nova consulta pública, mas, agora, só sobre estes novos casos”, explicou.
O futuro PDM de Braga prevê o crescimento da área urbanizável em 25%, de modo a que o concelho responda, sem recorrer à chamada lei dos solos, às carências habitacionais e ao alto custo da construção de prédios e do arrendamento.
Segundo vários construtores contactados pelo JN, não há terrenos para se poder construir no Município.
2,3 milhões investidos no Bom Jesus
A anteceder a reunião da Câmara, a Confraria do Bom Jesus do Monte, e a CCDR Norte assinaram um acordo para o investimento de 2,3 milhões de euros na fase três da requalificação do Santuário. A Câmara é “parceiro preferencial” no projeto.
Na ocasião, Ricardo Rio lembrou que a classificação do Bom Jesus como Património Mundial da Unesco, ocorrida há seis anos, ficou dependente da continuação das obras de requalificação. Obras que, nesta nova fase, envolvem a requalificação da Casa dos Correios, que inclui a criação de um centro interpretativo do Bom Jesus, a valorização da zona inferior do elevador, com obras no apeadeiro e com a criação de um espaço interpretativo dedicado ao típico funicular e, por último, o arranjo e valorização do chamado Jardim de Camilo, evocativo da passagem por Braga do escritor Camilo Castelo Branco.