Com a entrada em vigor na segunda-feira, dia 1 de maio, dos contratos para o novo serviço de autocarros na Área Metropolitana do Porto (AMP), os autarcas da região apelam à rápida criação de uma empresa metropolitana de transportes, à semelhança do que já acontece em Lisboa. As maiores dificuldades centram-se na contratação de motoristas.
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Quem decidiu colocar o assunto à discussão foi o presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, Aires Pereira. Depois de uma visita conjunta à Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), o autarca sugeriu à Comissão Executiva da AMP que começasse a reunir os documentos necessários à criação de uma empresa metropolitana de transportes. Os contratos do novo serviço entram em vigor no próximo dia 1 de maio.
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"Há muitas dificuldades na implementação deste sistema [de transportes]. É preciso uma dinâmica de gestão", alertou o autarca. Por sua vez, em declarações aos jornalistas no final da reunião, o vice-presidente, Jorge Sequeira, em substituição do presidente do Conselho Metropolitano do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues, nota que a empresa "será uma importante ferramenta para gerir as linhas de transporte que resultaram do concurso público".
"Foram dadas orientações à Comissão Executiva para preparar os documentos para que se delibere a criação dessa empresa", esclarece Jorge Sequeira. A visita à TML permitiu aos autarcas perceber "como é que se faz" mas, ao mesmo tempo, foram alertados para as dificuldades que poderão surgir durante o processo. A maior preocupação é a contratação de motoristas.
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"Esse tema foi relativamente complexo, mas estamos mais capacitados com a experiência que ocorreu e vamos trabalhar com os operadores para tentar resolver esses problemas e colocar os autocarros ao serviço das pessoas", clarifica o vice-presidente da AMP, recordando o período de transição entre as atuais e as futuras operadoras, que começa a 1 de maio.
Como será feita a distribuição de encargos com o PART?
A proposta está feita. A repartição, entre os 17 municípios, do Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART), que conduziu à implementação do passe único, será feita com base no número de quilómetros percorridos e o número de passes emitidos em cada concelho.
Como na reunião desta sexta-feira não estavam presentes os municípios do Porto e de Gaia, que serão aqueles com a maior despesa, o ponto ficou adiado para a próxima reunião, sendo que todos os restantes autarcas concordaram com a fórmula de cálculo apresentada.