O brasileiro Luiz Thadeu sofreu um acidente e tem a mobilidade reduzida, mas nada lhe tira sonho de conhecer os 194 países da lista da ONU, para entrar no Guinness. Esteve no Porto, a fim de apresentar o seu livro "Das muletas fiz asas", e garante que o plano de viagens está pronto para iniciar em breve.
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"A minha matéria-prima são os sonhos. No dia em que deixar de sonhar, deixo de existir". Quem o diz é Luiz Thadeu, de 65 anos, nascido em São Luís do Maranhão (Brasil) e autor da obra "Das muletas fiz asas", onde relata a sua vida. Apesar da mobilidade reduzida, quer continuar a dar a volta ao Mundo e entrar para o Guiness. Já esteve em 151 nações.
"Aos 45 anos, sofri um acidente de carro. Estava num táxi, no interior do Nordeste (Brasil) e por distração o motorista perdeu o controlo da viatura". Conta Luiz Thadeu, formado em Engenharia, área onde trabalhou até à reforma, e que enveredou pela escrita.
A recuperação do acidente foi um processo difícil, com vários tratamentos. "Durante cinco anos, não caminhei. Fiquei preso a camas hospitalares e a cadeiras de rodas. Cinco anos depois, fiz uma fisioterapia muito forte e adaptei-me às muletas", que se tornaram as suas companheiras nas viagens. Não foram estas "amigas" com que anda diariamente que o mudaram: desde cedo teve a a ambição de passear pelo globo.
Com 151 países visitados, tornou-se no homem com mobilidade reduzida mais viajado do mundo. "Só faltam 43" para completar a lista e o plano está feito para ser encetado em breve. É recordista no Brasil e já enviou "uma série de perguntas" para a organização do Guinness, a fim de entrar na galeria.
Com uma vida preenchida, de palestras e crónicas, é membro do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão."O meu avô também fez parte desta entidade cultural", refere, orgulhoso pelos antepassados e por integrar aquele "centro de excelência". Na forja está um novo livro.